quarta-feira, 30 de abril de 2014

Alguns motivos pelos quais saber negociar é indispensável para o sucesso de qualquer profissional

Se você quiser que uma outra pessoa decida e aja a seu favor e não contra você, a negociação é o caminho




O que pessoas, empresas ou nações são hoje é fruto das decisões e ações que fizeram no seu passado. E o que serão amanhã é fruto das decisões e ações que estão realizando no presente. O fato é que, queiramos ou não, estamos sempre decidindo, pois não decidir já é uma decisão. E como Peter Drucker sintetizava, “o produto final do trabalho de um administrador são decisões e ações”. Portanto, decisões e ações constituem a base de tudo. E o que é negociação? Negociação é o processo de influenciar as decisões e ações de outra pessoa. Portanto, se você quiser que uma outra pessoa decida e aja a seu favor e não contra você, saber negociar é o caminho. Assim sendo, saber decidir, negociar e agir são fatores essenciais para um líder ou administrador que busque excelência, resultados e sucesso.

Comecemos pela Microsoft. Logo no início, duas negociações foram fundamentais para a empresa ser o que é hoje. A primeira, foi a compra, por US$ 50.000, de um sistema operacional para microcomputadores, então na sua fase embrionária, o QDOS. A segunda, foi a venda para a IBM dos direitos de uso deste sistema que, após alguns desenvolvimentos, passou a se chamar MS-DOS. Mas só que na negociação com a IBM, Bill Gates incluiu uma pequena cláusula que os negociadores da IBM não deram muita atenção: a IBM não teria direito ao uso exclusivo do sistema operacional. Ou seja, o MS-DOS também poderia ser vendido e utilizado por outras empresas. E foi isto que fez toda a diferença. Portanto, em negociações detalhes e, às vezes, até uma vírgula, podem fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso.

O fato é que, quer nos demos conta ou não, vivemos num mundo de negociações. São negociações de vendas, compras, comércio internacional, fusões, incorporações, joint-ventures e alianças estratégicas, entre outras. Isto sem considerar as milhares de negociações internas que são realizadas todos os dias numa empresa. Mas também existem as negociações na vida pessoal, social e afetiva. O casamento mesmo, é uma grande negociação. É por isto que há quem diga que passamos quase oitenta por cento do nosso tempo negociando. Assim, o sucesso de uma pessoa, nas várias esferas da sua vida, está intimamente relacionado à forma como ela negocia.

As duas abordagens de negociação

Quando se pensa em negociação, como em qualquer coisa da vida, deve-se começar considerando as abordagens. Existem duas principais: as fragmentadas e as holísticas. E qual a diferença entre elas? Sob a abordagem holística, podemos afirmar que o sucesso não é fruto de um só parâmetro, mas sim de um conjunto. A abordagem holística, que também é conhecida como gestáltica e sistêmica, parte de uma pergunta fundamental: quais são todas as condições necessárias e suficientes para o sucesso. Considera não somente este conjunto de partes, mas também os relacionamentos entre estas partes.

Já as abordagens fragmentadas não têm esta preocupação com o todo. Consideram um ou outro parâmetro e absolutizam este parâmetro. Em suma, tem formas muito simplistas, dogmáticas e, às vezes, até ingênuas de tratar as questões. Vejamos dois exemplos. O primeiro é a afirmação: “Você é do tamanho dos seus sonhos”. Se isto fosse verdade, as pessoas realizariam seus sonhos e promessas de fim de ano. Mas uma pesquisa feita pelo psicólogo Richard Wiseman, da Universidade de Hertfordshire no Reino Unido, constatou que 78% das pessoas falha no cumprimento de suas promessas. Assim, sendo, sonho é um dos parâmetros do tamanho de uma pessoa, mas existem outros como competências, crenças, paixão por vencer e estados mentais e emocionais.

Um outro exemplo é a expressão: “Nunca desista dos seus sonhos”. Às vezes não desistir de um sonho pode ter consequências fatais. Pepê foi um brasileiro que em 1981 foi campeão mundial de asa delta. E Pepê tinha um sonho, ser bicampeão. Só que no último dia da competição, as condições do tempo estavam péssimas e Pepê, que até então estava em segundo lugar, resolveu se lançar assim mesmo e acabou tendo um fim trágico.

Assim, vale a Oração da Sabedoria: “Dai-me força e competência para mudar o que pode ser mudado. Paciência para aceitar o que não pode ser mudado. E sabedoria para distinguir uma coisa de outra”. Ou seja, cada caso é um caso. E devemos ter uma visão global e nunca abrir mão da capacidade de pensar e refletir em função de frases de efeito e generalizações equivocadas. O problema é que parece que pensar dói. Isto que dizer que pensar, muitas vezes, importa em sair da área de conforto e procurar ver uma situação por diferentes óticas e matizes.

Negociação: uma competência completa

O que devemos ter em conta é que negociação é uma competência completa e não existe nada relativo ao ser humano que não esteja presente numa negociação. Desde aspectos de realidade interna, como crenças, motivação, valores, estados mentais e emocionais, temores, flexibilidade e paixão por vencer, passando por aspectos físicos, entre eles sono, respiração e relaxamento. Assim, quem não dorme bem acaba ficando sem energia e, como decorrência, tem a sua competência fragilizada.

Mas também existem aspectos de relacionamento como comunicação, linguagem, clima, confiança e estilo comportamental. Por falar nisto, qual é o seu estilo comportamental? Você é um catalisador, apoiador, controlador ou analítico? E como fazer para negociar com cada estilo de negociador?

Igualmente é necessário considerar o objeto da negociação sob a forma de conteúdo e processo. Conteúdo tem a ver com o assunto e o processo com a sequência como este assunto é tratado, ou seja, com o caminho a ser seguido. Em negociação não é verdade que todos os caminhos levam a Roma. Existem caminhos que levam para o céu, mas existem caminhos que levam para o inferno. Para considerar todo este conjunto de fatores desenvolvi o MIN - Modelo Integrado de Negociação.

As quatro formas de se fazer uma negociação

Existem 4 formas de se efetuar uma negociação que são: Solução de Problemas, Barganha Agressiva, Barganha Suave e Barganha Adaptada. E conhecer muito bem estas 4 formas é fundamental, pois não existe a melhor forma de se negociar, mas sim aquela que é a mais apropriada a cada contexto e situação. Assim, por exemplo, o tratado de Camp David, que foi assinado em 1979, e que selou a paz entre o Egito e Israel, só foi possível porque as negociações foram conduzidas na base da Solução de Problemas. Já os compradores de supermercado, utilizam com sucesso a Barganha Agressiva e os vendedores de automóveis a Barganha Suave. Algumas vezes pode ser muito eficiente a Barganha Adaptada, que se caracteriza pelo “nem para mim, nem para você, vamos rachar a diferença”. Nas negociações internas de uma empresa e na administração de conflitos, a melhor forma de se conduzir uma negociação é a Solução de Problemas, isto porque, a Barganha Agressiva leva ao Perde/Perde e as Barganhas Suave e Adaptada levam a soluções de pior qualidade. Portanto, é sempre bom enfatizar que só é possível sinergia numa empresa, se as negociações internas forem conduzidas na base da Soluções de Problemas.

O processo de negociação

Toda negociação é um processo e o processo constitui a espinha dorsal de qualquer negociação. Aliás tudo na vida também importa em processo, e a importância do conceito de processo foi identificado pela primeira vez por Kurt Lewin, o criador da dinâmica de grupo. Em negociação o processo é constituído por sete etapas que são Preparação, Abertura, Exploração, Apresentação, Clarificação, Ação Final e Controle/Avaliação. E sempre que você estiver negociando, quer você queira ou não, quer você se dê conta ou não, você sempre estará numa destas etapas. E de todas as etapas, a mais importante é a Preparação, pois como já dizia Benjamin Franklin, por volta de 1750, “quem não leva a sério a preparação de algo, está se preparando para o fracasso”. Portanto, quem quiser fracassar já sabe a receita.

Vamos a alguns pontos indispensáveis para uma boa preparação e, consequentemente, para uma boa negociação:

1) A avaliação da situação. Perguntaram para o megabilionário Warren Buffet qual a razão do seu sucesso e a resposta foi: “a minha capacidade de avaliar”. O fato é quem não sabe avaliar não vai saber separar o verdadeiro do falso brilhante e pode ter sérios problemas, como por exemplo, no caso do Boi Gordo, uma firma de investimento em gado, que prometia mundos e fundos, mas acabou lesando mais de 30 mil pessoas, sendo que algumas delas perderam as poupanças que haviam feito durante toda a vida. Foi o desenvolvimento da capacidade de avaliar, em função da negociação, que me permitiu escrever o artigo, “O Monge e o Executivo: Entendendo o Conteúdo, a Essência e Alguns Equívocos”, pois pude perceber coisas que normalmente escapam de quem não é treinado, entre outras coisas, a inclusão de uma citação de Margaret Thatcher, a Dama de Ferro, que era a negação viva de tudo o que pregava o livro;

2) Para avaliar bem, é preciso saber interpretar, e um mesmo conjunto de fatos permite várias interpretações. E este é um grande problema, pois normalmente as pessoas se apegam à primeira interpretação, não levando em conta aquilo que Bertrand Russel recomendava, que era o julgamento adiado, ou seja, tenha cuidado com a primeira interpretação. Em negociação, o que vale não é a primeira interpretação e impressão, mas sim a última. A primeira pode ser equivocada em função de uma armadilha que foi plantada, justamente para fazer você se enganar. Assim, por exemplo, no Monge e o Executivo, logo no início do primeiro capítulo, John Daily, quando entra no seu quarto, encontra o irmão Simeão consertando um vazamento do vaso sanitário. John Daily ficou encantado com a humildade do irmão Simeão, afinal, um tremendo executivo consertando um vaso sanitário. Já a minha interpretação, tendo em vista o julgamento adiado, foi radicalmente distinta: “como é incompetente ou relapso este irmão Simeão”, pois afinal, no mosteiro só haviam 3 quartos de hóspedes e ele só percebeu o problema, ou foi consertar o vazamento, quando os hóspedes já estavam alojados. Isto sem considerar pergunta: “há quanto tempo já existia aquele vazamento?”. Além do que, segundo o livro, o irmão Simeão estava de quatro e ficar de quatro, decididamente, não é a melhor posição para se consertar um vaso sanitário;

3) A definição de objetivos. Toda negociação é para alcançar objetivos, ou seja, é importante saber e explicitar o que se quer. Existem três tipos de objetivos: acomodados, e quem espera pouco alcança pouco; alucinados, que são objetivos impossíveis de serem alcançados e acabam gerando frustração; e objetivos desafiantes e possíveis, e que obedecem aos princípios da boa formulação, como serem verificáveis, mensuráveis, significativos e relevantes, serem definidos no tempo e estarem no controle e no campo de possibilidades de quem os formula. Assim, viajar para Marte no próximo ano não é um bom ojbjetivo;

4) A preparação também deve levar em conta os pontos de vista de todas as partes envolvidas, bem como considerar uma análise de risco, isto porque, vivemos num mundo de probabilidades. Assim, deve-se considerar tanto o melhor, ou uma visão otimista, para que, caso o melhor aconteça possa ser aproveitado. Quanto o pior, ou seja, estar prevenido para o caso da lei da Murphy ocorrer, como foi o chamado Milagre do Rio Hudson, em que um avião, com 155 passageiros, saindo de Nova Iorque com destino a Charlotte, na Carolina do Norte, teve um sério problema quando pássaros entraram e danificaram uma das turbinas do avião, que não pode mais voar para o seu local de destino, tendo que pousar no Rio Hudson. Assim, numa negociação é importante estar preparado para o que der e vier e para isto criei uma tecnologia chamada Matriz de Preparação;

5) Sobre o que o outro faz. É sempre bom considerar que o que o outro faz é problema do outro. O seu é o que você deve fazer para alcançar os seus objetivos. Portanto, foco no que você quer, pois culpar o outro, reclamar do passado e outras coisas do gênero, só vão levar você a se afastar dos seus objetivos e a gastar energia inutilmente;

6) Esteja preparado para todas as etapas da negociação. Um dos erros mais frequentes é não levar em conta que a negociação não acaba quando se chegou a um acordo, mas sim quando o acordo for cumprido. Afinal, tem gente que promete e depois não cumpre;

7) Um outro ponto que deve ser considerado é que negociação não é apenas uma competência cognitiva mas sim cognitivo-comportamental. Isto quer dizer que os conhecimentos devem ser transformados em comportamentos, e isto se dá através de novos condicionamentos ou hábitos. E sem muito treinamento isto não é possível. É preciso pagar o preço. Ou como disse César Cielo, após ganhar medalha de ouro no Campeonato Mundial de Natação em Roma 2009: “Medalha de ouro com recorde mundial, a emoção é muito grande. É um sonho sendo realizado. Agora está doendo o corpo inteiro. Eu sabia que ia doer, mas está valendo muito a pena essa dor. É a maior alegria que eu poderia ter”.

Assim, tenha presente que existem duas abordagens de negociação, as fragmentadas e as holísticas. E de acordo com a abordagem holística, negociação é uma competência completa e não existe nada relativo ao ser humano que não esteja presente numa negociação. E quando você começar a compreender e praticar a negociação dentro desta perspectiva, desenvolvendo todas as competências necessárias e, consequentemente, o seu poder pessoal, ou seja, sua capacidade de agir e obter resultados, você vai ficar compreendendo por experiência própria uma frase de Albert Einstein: “A mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original”.



A pergunta certa para quem quer ser feliz

As pessoas querem ter um trabalho que gostam, mas não param para pensar que, nem sempre, esse será o trabalho que as fará ganhar mais dinheiro. E aí: o que escolher?




Se eu te perguntar hoje “Do que você precisa para ser feliz?”, você saberia responder? Aposto que muitos de vocês têm uma lista de desejos que fariam suas vidas mais felizes. Alguns diriam que seria trabalhar com algo que sentem prazer. Outros que queriam ganhar mais dinheiro para terem uma vida mas confortável ou poderem fazer o que têm vontade. Tem aqueles que queriam emagrecer, ter a bunda dura ou um abdome de tanquinho. E outros queriam fazer o que eu estou fazendo agora, viajar pelo mundo!

Não é difícil saber o que faria a nossa vida melhor e mais feliz. Mas e se eu te perguntar “Qual é a dor que você está disposto a suportar para ter o que quer?”, você saberia responder?

Por causa dessa pesquisa sobre a felicidade, eu tenho conversado com muita gente, além de estar participando de alguns grupos de discussões. E uma coisa que já me chamava atenção há algum tempo tem ficado ainda mais evidente. Muita gente não para pensar no sofrimento inevitável que vem junto com algumas escolhas, mesmo que essas visem a nossa felicidade. Mas, mais importante do que pensar na alegria de conseguir algo que se quer muito, é entender se vamos aguentar o tranco.

As pessoas querem ter um trabalho que gostam, mas não param para pensar que, nem sempre, esse será o trabalho que as fará ganhar mais dinheiro. Ou querem ter a flexibilidade de horários que só um empreendedor tem, mas não pensam em todas as incertezas, fracassos e noites de sono que ele perdeu antes de seu negócio ser bem sucedido. Ou ainda que para ganhar dinheiro talvez você precise trabalhar 60 horas por semana, engolir mais sapos do que gostaria, lidar com gente arrogante, com chefe preguiçoso e com clientes mal educados. Em todos esses casos existe uma dor e uma recompensa.

Tem sempre aquele que vai dizer: “Mas fulano ficou rico fazendo o que gosta. Por que comigo é tão difícil?”. Minha avó costumava ter um estoque de frases feitas e, embora eu achasse todas muito cafonas, essa ilustra bem essa situação:

“Todo mundo sabe contar quantas pingas eu bebo, mas ninguém vê os tombos que eu levo” (Vó Francisca)

Com certeza não deve ter sido fácil para o fulano em algum momento, pode acreditar.

Muito antes de eu deixar o meu emprego para fazer essa viagem, eu tinha decidido que conhecer o mundo seria minha prioridade. Por isso, passei a planejar todas as minhas férias e feriados grandes com mais de seis meses de antecedência. Assim, teria tempo não só para juntar o dinheiro, mas também para parcelar o que fosse possível.

Quando eu convidava amigos para me acompanhar, muitos não queriam ter o compromisso de planejar algo com sete ou oito meses de antecedência. Mas, e se eu mudar de emprego? E se eu arrumar um namorado? E se eu mudar de ideia? E se acontecer alguma coisa? Pois é, meu pai teve um AVC repentino e morreu em um Carnaval. Como ele passou alguns dias no hospital eu tive tempo para cancelar tudo. Quatro anos depois, por uma infeliz coincidência, minha avó também morreu no Carnaval. Mas, dessa vez, eu estava viajando… Merdas acontecem…

Além disso, também me irritava profundamente cada vez que alguém que tinha um carro três vezes mais caro do que o meu ou usava uma bolsa que custava o preço da minha viagem toda, dizia: “Nossa, um dia eu vou ficar rica como você para poder viajar desse jeito.”

Não dá para ter tudo na vida. Até mesmo as coisas que nos fazem muito felizes vão vir acompanhadas de algo que nos faz sofrer de alguma forma. Realizar um sonho significa deixar outras coisas para trás. Também significa que você tem de se sentir confortável com o sofrimento que a sua decisão vai trazer. Ou então aquilo que deveria te fazer feliz vai ser o motivo da sua infelicidade.

Há alguns anos, muitas das minhas amigas começaram a ter filhos. Foi quando eu passei a acompanhar o dilema que é conciliar carreira e maternidade. O que percebi é que para ser uma executiva de sucesso, talvez você precise abrir mão de criar seus filhos de perto e lidar com o fato de que talvez eles vão passar mais tempo com uma babá do que com você.

Assim como você tomou a decisão de abandonar tudo para criar os filhos, precisa estar confortável com a ideia de que suas amigas que continuaram trabalhando vão crescer profissionalmente enquanto você estará vendo A Galinha Pintadinha. Por isso é tão importante ter clareza de que também é preciso aprender a lidar com o tipo de sofrimento que uma decisão como essa traz sem que você fique infeliz.

O que determina a nossa felicidade é saber lidar com o sofrimento. Por isso, a pergunta certa para quem quer ser feliz é: “Você vai ser feliz enquanto estiver lidando com todo o perrengue que vai passar até realizar aquele sonho que você tanto deseja?” Essa é a pergunta que realmente importa e é ela que vai te fazer sair do lugar. Caso contrário, em vez de sonhos, você estará apenas alimentando fantasias que nunca se tornarão realidade.



Espaço do Administrador - Surfando as Ondas do Mercado


1. PREFÁCIO

Surfando as Ondas do Mercado, uma obra fundamentada nas literaturas nacionais e internacionais, no dinamismo exposto pelos artigos dos jornais e revistas e, ainda, escrita pelo professor fundador da FGV de São Paulo, Raimar Richers, mereceria alguma crítica? Como desenvolver uma resenha crítica se a nossa cultura está fundamentada em seguir padrões predefinidos? Como criar uma análise que não fosse simplesmente um resumo? Onde conseguiria documentações que dessem argumentos para minha crítica?

Foram estas perguntas que fizeram as horas em frente ao computador se multiplicarem. Ler um livro de marketing é tranquilo quando procuramos aceitar suas argumentações, aliás são dezenas delas, mas ter que analisar, comparar, e redigir uma opinião, é deveras penoso.

Fui encorajado em saber que a responsabilidade desta resenha estava voltada, em primeiro lugar, em fortalecer, ou melhor, renascer o meu espírito crítico e em segundo lugar viria a cumprir mais uma etapa de minha vida acadêmica na UNISUL.


2. INTRODUÇÃO

A literatura Surfando as Ondas do Mercado, compara os movimentos do mercado ao das ondas do mar, onde deve-se gerir os negócios atentos à ritmos estabelecidos pela natureza. Quando falamos em natureza, estamos incorporando todos os fatores macro ambientais capazes de influenciar as atividades gerenciais de uma determinada atividade empresarial.

A comparação dos negócios aos das ondas do mar, é uma técnica utilizada pelo consultor Raimar Richers, um suíço-brasileiro que procura demonstrar a necessidade de nunca se investir contra uma onda, mas sim, de decifrá-la antes que os concorrentes o façam.


3. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DO ASSUNTO

O autor, preocupado com que as empresas desenvolvam produtos personalizados aos seus clientes, desencadeia uma sequência de dicas capazes de alertar os gerentes na tomada de decisão. Nos primeiros capítulos, as dicas são relacionadas de um modo em que a empresa não perca o foco dos seus negócios, ressaltando que nada impede da empresa possuir mais de um foco de atuação, contanto que cada foco seja tratado de forma em separado tanto como organização interna, tanto como as mensagens e comunicações a serem feitas ao público externo.

Diversas forças são demonstradas, a força da publicidade, da pesquisa e da segmentação, mas fica claro a paixão do autor pela tecnologia e pela informação. A tecnologia é colocada como um instrumento capaz de promover a modernização e inovação nas atividades gerenciais e nos processos e produtos de linhas, onde fica possível, através dela, aplicar um processo de reengenharia ou de downzing com eficiência. A informação é vista como outro ferramental muito importante que dá subsídios para decifrar as ondas no tempo oportuno.

O autor demonstra que muitas das ondas do mercado são provocadas por inovações tecnológicas. Isso é um grande alerta, pois, atualmente, cada ciclo de inovação é bem mais curto que a cinco anos atrás, isso pelo crescente potencial das empresas a terem acesso a maquinários cada vez mais sofisticados, pela capacidade do gerente ter a informação em suas mãos em menor tempo e pela conscientização dos consumidores que procuram desfrutar das regalias tecnológicas.

Quando falamos em inovação não podemos confundi-las com invenção. A invenção é quando se cria algo, nem sempre com poder mercadológico, enquanto a inovação é algo desenvolvido no dever de agradar os consumidores com os retornos estabelecidos pela empresa.

A obra enfatiza que qualquer produto a ser lançado no mercado deve preservar a imagem da empresa e satisfazer os clientes, com toda razão, pois de todas as suas potencialidades, a mais difícil de ser copiada pela concorrência é imagem da empresa ou de seu produto. O autor, ao descrever o lançamento de um produto no mercado e mesmo no exemplo das ferrovias, demonstrou sete dimensões básicas de aceitabilidade do produto, que são: desempenho funcional; custo de aquisição; facilidade de uso; custo operacional; compatibilidade com outros produtos; disponibilização (tempo e custo do produto para voltar a ser utilizado) e confiabilidade.

Richers não procura dar uma receita pronta de como atuar no mercado, pois sabe que cada segmento de mercado tem sua característica, cada consumidor possui uma reação particular em relação a cada produto, que cada empresa possui portes e objetivos diversificados e que todas as organizações são dirigidas por seres humanos que possuem necessidades e limitações específicas. Mas ele descreve que é válido que se faça uniões mesmo com concorrentes, num belo exemplo da junção dos trens com os caminhões numa cidade americana, ele demonstra que as tendências devem ser respeitadas e conhecidas pela empresas.

Enquanto isso, atualmente, multiplicam-se terceirizações, contratações de mão-de-obra temporária, parcerias com fornecedores e clientes, assim como alianças com concorrentes. As organizações estão deixando de ser um sistema relativamente fechados para tornarem-se sistemas cada vez mais abertos. Suas fronteiras estão se tornando mais e mais permeáveis e, em muitos casos difíceis de identificar.

A necessidade do quadro BCG e o estudo do ciclo de vida dos produtos ficam evidentes quando o autor procura demonstrar que antes da necessidade de se mudar um produto o mercado emitirá sinais, por isso, devemos decifrar os sinais emitidos pelo mercado e utilizá-los nos planos de marketing da empresa.

Quando falamos em plano de marketing, estamos falando em coerência com o autor de que alguém na empresa deva pensar no futuro, alguém capaz de coletar, separar, testar e eliminar informações de modo a construir um sistema de informação de marketing. As informações devem ser restringidas realmente àquilo que é realmente necessário, pois com o avanço da tecnologia da informação, os gerentes possuem acesso a diversos meios de comunicação, muitos irrelevantes para as tomadas de decisão nos momentos apropriados.

O autor, fica bastante preocupado em demonstrar a necessidade de se desenvolver produtos voltados a segmentos de mercados e a seu nichos, quando diz que os produtos precisam ser diferenciados e terem aceitação. Infelizmente, no mercado brasileiro, os produtores (em sua grande maioria) não estão preparados para desenvolver os produtos na mesma velocidade das necessidades dos nichos de mercados, mas é uma tendência que cada vez mais está se tornando evidente para o empresariado brasileiro. Os obstáculos quase sempre são de natureza tecnológicas. Mas devemos considerar que uma inovação tecnológica, mesmo sendo revolucionária, só se impõe a sociedade desde que haja condições ambientais para que seja aceita e bem aproveitada.

Fica claro que a elasticidade da demanda dos produtos não está somente relacionada com o fator preço, como pregava até pouco tempo os economistas de renome, a demanda está relacionada a diversos fatores, sendo dentro deles o preço, a tecnologia e o ambiente.

Fica simples em entender Surfando as Ondas de Mercado quando temos em mente as cinco forças de Porter que atuam sobre as empresas (entrantes, substitutos, concorrência, fornecedores e consumidores) e os fatores macro ambientais. As ondas são os movimentos do mercado que devem ser estudados e compreendidos, e que cabe ao gerente saber qual a onda certa a ser "surfada".


4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A obra merece mérito por ser um livro abrangente que combina os fatos reais vivenciados pelas empresas aos ensinamentos teóricos empregados por diversos autores.

Fica claro, a importância da globalização, das alianças com fornecedores e concorrentes, da velocidade da informação e dos impactos das inovações tecnológicas. Mas, sempre dentro do foco de atuação da empresa, objetivando atender às necessidades dos consumidores e potenciais consumidores.

A comparação do mercado com o mar (que é algo tangível), permite ao leitor uma melhor visualização das suas próprias atividades, pois quem não conhece os movimentos das ondas do mar?

A obra apresenta valores que possibilitam o gerente a analisar suas atitudes de um modo criativo, onde o seu feeling é importante, mas sempre baseado num data base, capaz de ter informações precisas e essenciais para empresa.

Por fim, o livro demonstra que estamos rodeados de nichos sedentos de necessidades, basta estarmos preparados para compreendê-los e ganharmos bastante dinheiro, como muitos que souberam interpretar as ondas antes de seus concorrentes e ficaram famosos por isso.

A interpretação das ondas não é uma tarefa de final de semana, mas sim uma necessidade cada vez mais constante, onde a tecnologia, tais como os ventos, provoca ondas cada vez mais fortes e rápida.

Fonte: Cola da Web


O que aprender com os erros de João Goulart em 1964

Quem não aprende com os erros dos outros vai ter que aprender com os próprios erros




Recentemente li muitas reportagens e artigos sobre os cinquenta anos do golpe de 1964 e a impressão que me deu é que foram escritos por pessoas que não leram qualquer livro de administração, comportamento organizacional ou pensamento estratégico e assim, desconheciam completamente a importância e o peso da liderança para o sucesso ou fracasso de nações, empresas e instituições. Portanto, vamos àquilo que considero a essência da questão.

Se João Goulart fosse o presidente dos Estados Unidos em 1861, os confederados sulistas teriam ganho a Guerra Civil Americana e os Estados Unidos seriam um país dividido. Se Abraham Lincoln fosse o presidente do Brasil em 1964, os militares golpistas teriam sido derrotados pelos militares legalistas e, consequentemente, não teríamos tido o golpe e os chamados anos de chumbo. É que seus estilos de liderança eram completamente diferentes. O estilo de Goulart variava entre o laissez-faire, ou deixa rolar e o harmonizador e o estilo de Abraham Lincoln era o participativo/democrático, e as diferenças entre estes dois estilos se manifestam de forma muito clara nos momentos de enfrentar conflitos. O laissez-faire foge e o harmonizador não sabe enfrentar as situações com efetividade e está mais preocupado com relacionamentos, procurando conciliar interesses irreconciliáveis. Está mais para o “bonzinho”. Já o participativo/democrático enfrenta, levando em consideração objetivos, resultados e pessoas.

Um outro fator importante para o sucesso ou para o fracasso tem a ver com o PCDAR, isto é, perceber, compreender, decidir, agir e a resposta, que os militares americanos designam por OODA, ou seja, observar, orientar, decidir e agir. Os americanos procuram fazer com que o seu OODA seja o melhor possível e que o dos seus inimigos seja equivocado. Assim, na 2ª Grande Guerra Mundial criaram, na Inglaterra, um exército falso, que foi produzido por diretores de cinema, e estava localizado numa região que fazia com que os alemães jamais pudessem concluir que a invasão ao continente europeu seria feita através da Normandia, que foi por onde a invasão realmente aconteceu.

E o PCDAR de Goulart era uma lástima, e nos últimos períodos do seu governo, sobretudo em março, piorou e ele agia mais como um adolescente fanfarrão, muito discurso e pouca ação, e não como um hábil estrategista. E para piorar a situação, ficou possuído do delírio messiânico de ser o grande líder das esquerdas, se sobrepondo a Leonel Brizola e a Miguel Arraes. Não fosse isto, teria percebido as consequências de seus atos, e não teria participado do comício da Central no dia 13 de março e de vários outros comícios, inclusive em Juiz de Fora, que foi onde se iniciou o movimento militar no último dia de março.

Também teria enfrentado de forma completamente distinta a revolta dos marinheiros, no dia 26 de março, que foi liderada pelo agente provocador, cabo Anselmo, infiltrado num grupo de esquerda, e não teria feito o que fez que foi exonerar o ministro da marinha, almirante Sílvio Mota, afrontando assim a hierarquia militar. Parecia até que estávamos diante de um encouraçado Pontemkin caboclo. E sobretudo, jamais teria feito o discurso para os suboficiais e sargentos das Forças Armadas, no salão do Automóvel Clube, na Cinelândia, no dia 30 de março. E diga-se de passagem, que tanto Tancredo Neves, líder do governo na Câmara, como Raul Ryff, secretário de Imprensa da Presidência, tentaram dissuadir Jango de fazer este discurso. E quando João Goulart deixa o Palácio Laranjeiras em direção ao Automóvel Clube, Tancredo Neves, que o acompanha, diz: “Deus faça com que eu esteja enganado, mas creio ser este o passo do presidente que irá provocar o inevitável, a motivação final para a luta armada”. Só que Jango provocou a luta armada e depois fugiu.

E Jango tantas adolescências fez que acabou até perdendo o apoio decisivo do general Amaury Kruel, comandante do II Exército que, por sinal, era comprade de Jango. Portanto, o PCDAR de Jango, e diga-se de passagem da sua assessoria militar, era da pior qualidade possível. Ele havia embarcado na nau dos insensatos e agia como se estivesse num processo de autodestruição. Jango era, sem dúvida, o seu pior inimigo e de todos os que confiaram nele.

Uma das qualidades de um bom líder é saber escolher muito bem a sua equipe, e Jango escolheu para o importante cargo de chefia da Casa Militar da Presidência o general Argemiro de Assis Brasil.

E para entender da argúcia deste general, basta lembrar que quando as tropas vindas de Juiz de Fora já estavam a caminho do Rio de Janeiro, ele telefonou pessoalmente para o general Olympio Mourão Filho perguntando por informações sobre a veracidade do movimento militar. Mourão Filho deve ter pensado no seu íntimo: como é idiota este Assis Brasil. Ele quer que eu diga que as minhas tropas já estão a caminho do Rio e, ainda por cima, me deu a informação de que não sabe ou tem certeza de qualquer coisa. E é claro que respondeu que tudo estava normal e que não havia nenhum movimento que estivesse fora de controle. Com esta resposta, Assis Brasil acalmou-se e acalmou Jango.

Assim, não resta a menor dúvida de que com este coordenador do esquema militar as coisas não poderiam dar muito certo. Ele desconhecia a importância chave de três palavras numa campanha militar, numa negociação, ou seja lá no que for: informação, tempo e poder. Não só ele, mas também muitos dos que formavam o estafe e o ministério de Jango, tanto assim que, Raul Ryff, o secretário de Imprensa, encontrando no aeroporto do Galeão, Laurita, a filha do general Mourão, lhe disse que seu pai ia ser removido de São Paulo, que era onde Mourão estava lotado, pois estava em franca conspiração contra o governo. Portanto, qual foi a mensagem que Ryff, de uma forma ou de outra, passou para Mourão? “Seja mais cauteloso, dissimule e não deixe perceber que você está conspirando”. E acabou sendo o que Mourão fez.

Além disto, Jair Dantas Ribeiro, então ministro da Guerra, afirmou, em cerimônia com a presença de Jango, na Vila Militar, que “eventuais golpistas fardados não teriam a menor chance de êxito”. E Abelardo Jurema, ministro da Justiça declarou: “Se os golpistas puserem a cabeça de fora, serão esmagados como se esmaga uma cobra, na cabeça!”. Pelo desenrolar dos acontecimentos, ficou claro que não houve especificação efetiva de quem eram os golpistas e o que, quem, como, quando e onde fazer, quando fosse necessário, e assim, na hora do vamos ver, não viram. Ou seja, preparação, projeto e plano contingencial que é bom, nada. Eram discursos, bravatas e mais bravatas. Parece que estavam vivendo no mundo da carochinha e, como decorrência, não fizeram ou mesmo conheciam o que é análise de risco ou agiram dentro do básico identificado por Sun Tzu: “Se você não conhece nem a si nem o inimigo, você irá sucumbir em todas as batalhas”.

Assim, o que deve ser ressaltado, e isto foi extremamente importante, é que as tropas vindas de Juiz de Fora eram formadas por recrutas recém-incorporados aos serviço militar, portanto, com baixíssimo treinamento e, ainda por cima, possuindo equipamentos obsoletos de quinta categoria.

Ou seja, poderiam ser facilmente derrotadas. Portanto, um fator decisivo para o golpe no Brasil em 1964 foi o Incrível Exército Brancaleone. E o Exército Brancaleone foi avançando e avançando e não encontrando nenhuma resistência e com isto recebendo o apoio e aglutinando todos os que eram a favor da deposição de João Goulart. Em suma, nunca foi tão fácil dar um golpe, o que significa que o PCDAR de Jango e de seu esquema militar era primário, adolescente e sem nenhuma visão estratégica.

E o que fez João Goulart assim que tomou consciência da situação real? Fugiu, alegando, sobretudo, que não queria derramamento de sangue. Ora, se não queria derramamento de sangue, jamais deveria, entre outras coisas, ter participado do Comício da Central, ter agido de forma dúbia na revolta dos marinheiros e muito menos discursado para os sargentos no Automóvel Clube, em 30 de março.

Os tempos de Jango foram tempos conturbados em função de movimentos que iam da extrema esquerda, passando pelo centro e indo até à extrema direita, e isto, além da inflação galopante. Assim, tínhamos Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas, com sua reforma agrária na lei ou na marra, com declarações ameaçadoras de que podia mobilizar mais de 60 mil homens armados pelo Brasil inteiro, focos e campos de treinamento de guerrilha em diferentes pontos do Brasil, com financiamento e armas vindas de Cuba, o CGT - Comando Geral dos Trabalhadores, líderes sindicalistas, como Clodsmith Riani e Dante Pelacani, que alardeavam aos 4 cantos que podiam parar o país quando bem quisessem, bastava apertar um botão, reformas de base delirantes que importavam em desapropriações e inúmeros conflitos de interesses, as Marchas da Família com Deus pela Liberdade, a Escola Superior de Guerra, Golbery do Couto e Silva com o IPÊS - Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais e o IBAD - Instituto Brasileiro de Ação Democrática, a guerra psicológica, o embaixador americano Lincoln Gordon, o adido militar americano, coronel Vernon Walters, além de outros tantos personagens, e também Carlos Lacerda, um ex-comunista que acabou se transformando num ferrenho anticomunista. Lacerda era um orador brilhante que vinha pregando o golpe há mais de 10 anos.

Suas pregações contra Getúlio Vargas foram muito fortes e violentas, tanto que Gregório Fortunado, chefe da guarda pessoal de Getúlio, contratou o pistoleiro Alcino do Nascimento para matar Lacerda. Só que Alcino errou o alvo, só acertou o calcanhar de Lacerda, mas acabou matando o major Rubem Vaz, da aeronáutica e os desenlaces deste ato acabaram redundando no suicídio de Vargas e num ódio a Lacerda por parte dos getulistas e simpatizantes. Portanto, fatores que tiveram importância significativa para o golpe de 64 já vinham de muito tempo.

Mas na essência, foram quatro os fatores decisivos para o sucesso do golpe de 1964:

1. O exército Brancaleone não ter encontrado qualquer resistência, quando bastavam um ou dois aviões da FAB para provocar sua dispersão e debandada. E um comando de elite descer no aeroporto de Juiz de Fora e daí prender o general Mourão, e com isto, a ridícula Operação Popeye teria ido para o espaço. Para os perdedores, talvez tenha sido este um dos maiores vexames da história militar. O famoso esquema militar de Jango não passava de conversa fiada e, portanto, não estava preparado para enfrentar uma situação de crise.

2. A perda do apoio do General Kruel, comandante do II Exército e compadre de Jango.

3. Os equívocos autodestrutivos de Jango em março: comício da Central, tratamento com a revolta dos marinheiros e a fala para os sargentos no Automóvel Clube. É impressionante como Jango não tinha a menor ideia das consequências do que estava fazendo, e isto significa falta de visão estratégica, de senso de orientação e também foco caótico.

4. A fuga de Jango e com isto desarticulando qualquer esquema de resistência. O rei fugiu, pegou a todos de surpresa, e não havia nenhum barão que estivesse pronto para assumir o comando.
Golbery, Castello Branco, Lacerda, Lincoln Gordon, Vernon Walters, a guerra fria, a miragem da frota naval americana, ou Operação Brother Sam, a CIA, só tiveram sucesso porque o rei era fraco, uma mistura de líder laissez-faire com harmonizador. E além de fraco era confuso, e diante da pressão e da turbulência, entrou em estado mental e emocional fraco de recursos e conseguiu perder, mesmo tendo as melhores cartas.

Abraham Lincoln presidiu os Estados Unidos de 4 de março de 1861 a 15 de abril de 1865, quando foi assassinado. As dificuldades encontradas por Lincoln foram infinitamente superiores às que João Goulart teve, no entanto, enfrentou e venceu, enquanto Jango fugiu e perdeu.

Abraham Lincoln era um advogado vitorioso que sempre se preparava muito bem, cuja estratégia era conhecer a situação da outra parte melhor do que o advogado da outra parte. Algo semelhante ao que fazia Napoleão Bonaparte em termos de guerra. Possuía também aquilo que Albert Ellis, o criador da Terapia do Comportamento Emotivo Racional, designou por determinação implacável, e que segundo Ellis representa três quartas partes da vitória. E esta determinação implacável também é conhecida como paixão por vencer. E isto foi um dos grandes atributos de Jack Welch, considerado o executivo do século XX.

Na sua carreira política, Abraham Lincoln foi derrotado várias vezes antes de vencer a eleição para presidente. O mesmo aconteceu na guerra civil, mas a cada general que não obteve sucesso, Lincoln os substituía até que finalmente encontrou o general vitorioso, Ulysses Grant. Portanto, errar faz parte, mas o importante é perceber e corrigir. A respeito da escolha de Ulysses Grant, Lincoln foi recomendado a não fazê-lo, posto que ele gostava de beber. A esta objeção, respondeu: “Me digam qual a marca de whisky que Grant gosta que eu vou dá-la a todos os outros generais”. E isto significa algo extremamente importante que é saber identificar o que realmente é essencial e contribui efetivamente para os resultados.

Devida à posição antiescravagista de Abraham Lincoln, sua eleição fez com que sete estados do sul se declarassem separados da União, formando os Estados Confederados da América. A guerra civil começou em 12 de abril de 1861 com o ataque confederado ao Forte Sumter e só acabou em decorrência da rendição do general Robert E. Lee, das forças Confederadas, para o general Ulysses S. Grant, em 9 de abril de 1865, em Appomattox Court House, no estado da Virgínia. E na rendição, seguindo as recomendações de Abraham Lincoln, Grant mostrou-se extremamente generoso.

De uma forma ou de outra, Lincoln agiu de acordo com o conceito do Campo de Forças de Kurt Lewin. Para se chegar ao sucesso, é preciso saber o que se quer e trabalhar com as forças impulsionadoras, que são as que levam ao sucesso, e com as forças restritivas, que impedem que se tenha êxito. Uma força impulsionadora relevante foi que Lincoln supervisionou ostensivamente os esforços de guerra, especialmente na escolha de generais importantes. Uma força restritiva profundamente negativa é escolher o general errado e, pior do que isto, seria não perceber ou, por uma razão ou outra, manter o general errado no comando. Lincoln soube aumentar as forças impulsionadoras e diminuir ou eliminar as forças restritivas.

Para finalizar. Abraham Lincoln era um líder participativo/democrático que enfrentava as situações, levando em consideração objetivos, resultados e pessoas. E também tinha um PCDAR da melhor qualidade. E é sempre bom ter presente que é função primordial do líder dar direção e sentido, e assim, agregar pessoas e esforços. Para tanto, é necessário considerar Sêneca: "Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir". Mas também é preciso saber o que e como fazer para chegar aonde se quer. Sem isto os objetivos não vão se concretizar e é o que dizia Benjamim Franklin: “Quem não leva a sério a preparação de algo está se preparando para o fracasso”. Mas só isto não basta pois é preciso saber navegar em mar turbulento. Líder que não sabe navegar em mar turbulento está fora e já perdeu de véspera. Em suma, o que fazia a diferença entre Abraham Lincoln e João Goulart é que seus estilos de liderança eram radicalmente opostos e liderança é um fator decisivo para o sucesso ou para o fracasso. Basta comparar o importante papel exercido por Winston Churchill para a vitória dos aliados na 2ª Grande Guerra Mundial, com o desempenho tíbio de Neville de Chamberlain quando negociou o acordo de Munique com Hitler.



terça-feira, 29 de abril de 2014

Funcionários estrelas e os gênios

A disputa para atraí-los é sempre intensa e bastante difícil. Será que vale a pena?




Funcionários estrelas são aqueles que podem, com seu talento e competência, mudar a cara do seu negócio. Como qualquer estrela, porém, eles são muito visados. A disputa para atraí-los é sempre intensa e bastante difícil, e para complementar, algumas vezes são acompanhados de efeitos colaterais. Será que vale a pena?

A palavra-chave é motivação

Dificilmente uma startup terá recursos financeiros suficientes para competir numa disputa salarial com uma empresa de grande porte. Como no jogo financeiro você pode sair perdendo, é preciso mudar o foco. Empresas de grande porte têm, em geral, processos bastante engessados e pouco desafiadores. Mostre à sua estrela que você pode oferecer um trabalho desafiador e no qual ele será fundamental.

Para atrair o funcionário estrela venda um projeto, como você venderia a um investidor. Mostre o que sua startup pode se tornar e como o funcionário poderá fazer parte deste crescimento. É importante vender seu projeto com paixão e sinceridade, mas também com dados e projeções; apenas o sonho não é suficiente.

Outra coisa muito importante: se prometer, entregue. Atrair um funcionário estrela é relativamente fácil perto da dificuldade de mantê-lo. Se acenou com boas condições de trabalho, se esforce ao máximo para tê-las; se prometeu que poderia aplicar toda sua criatividade no dia a dia, não engesse o trabalho.

Uma alternativa: participação acionária

Por melhor que seja seu projeto, será difícil convencer o funcionário estrela a receber uma remuneração muito baixa. Será complicado competir financeiramente com empresas de grande porte, mas se esforce para oferecer um salário atraente, mesmo que seja inferior ao que o funcionário recebe atualmente.

Uma alternativa financeira interessante para atrair um funcionário estrela é oferecer uma gratificação futura: ações da empresa. Fazendo isso, você o torna parte da sua startup, com uma porcentagem do valor futuro da empresa à sua disposição. Esta estratégia é duplamente interessante. Primeiro, porque oferece uma vantagem financeira de longo prazo, que, no caso da startup estourar, é bem melhor do que um salário maior. Segundo, porque o funcionário ficará ainda mais motivado para conseguir bons resultados, já que o seu desempenho afeta diretamente neste valor.

Cuidado para não exagerar na entrega de participações. Sair oferecendo pra todo mundo é uma loucura, foque em quem é crucial para o negócio no longo prazo. Também é importante se proteger de alguma forma para que o funcionário não abandone a empresa logo depois de receber a sua fatia na sociedade. O vesting – mecanismo que entrega a participação da empresa gradativamente, através do tempo ou do cumprimento de metas – é especialmente útil nesses casos.

Benefícios

Lembro de um estudo feito com profissionais de tecnologia, onde era questionado os pontos mais relevantes para a escolha de um trabalho. Por incrível que pareça, o ponto mais importante era o setup. Poder escolher uma boa cadeira, mesa, computador, monitor, mouse e teclado faz MUITA diferença.

Outro ponto que todo mundo esquece são os benefícios, tente sair um pouco do básico Vale Refeição e Vale Transporte. Porque não dar uma academia paga para os funcionários serem mais saudáveis? Porque não oferecer alimentos saudáveis e um excelente café na copa do seu escritório?

Quando você oferece um bom ambiente de trabalho, um bom setup e excelentes benefícios, fica cada vez mais difícil pensar em sair.

Nunca é fácil manter uma estrela

Mesmo para uma empresa de grande porte não é fácil manter um profissional estrela. Primeiramente, porque a concorrência vai sempre buscá-lo, apresentando ofertas financeiras melhores e novas oportunidades de trabalho. Em segundo lugar, porque em geral os funcionários realmente brilhantes são inquietos e gostam de buscar novos desafios.

Motive-os, dê as melhores condições de trabalho possíveis e ofereça boas gratificações. Mas não faça sua empresa depender exclusivamente de uma pessoa. Foque prioritariamente em bons processos e numa estrutura sólida e jamais sacrifique investimentos em áreas fundamentais para manter qualquer profissional.

Estrela às vezes significa problema

Trabalhar com uma equipe brilhante sempre fez toda diferença pra mim. Ao longo da minha carreira, alguns momentos tive desafios tão grandes, que se não pudesse contar com profissionais experientes, certamente não teria alcançado o êxito.


Algumas vezes me deparei com aqueles que são acima da média, que serviram seus propósitos por um período limitado, mas sempre precocemente seu prazo de validade expirava. É muito comum a genialidade vir acompanhada com uma porção enorme de problemas e uma pitada de loucura, por isso, ainda prefiro uma equipe boa, muito bem entrosada, sana, do que alguns gênios, com ego inflado e cheios de problemas.



Traficantes usam imagem de cantor em embalagem de maconha

Imagem do músico Samuel Rosa indicava o tipo de droga dentro do pacote, que possui nome parecido com o da banda que ele lidera




Traficantes de Bangu, na área da Vila Aliança, usam fotos do cantor Samuel Rosa, da banda mineira Skank, para ilustrar pacotes de maconha vendidos no Rio de Janeiro. A "supermaconha", chamada de "skunk" (daí a associação com a imagem do vocalista), seria vendida na favela da Zona Oeste do Rio de Janeiro, segundo informações de O Globo.

Na embalagem, Samuel aparece ao lado de imagens do escudo do Flamengo, do símbolo do Batman, de uma lata de energético, da frase "Jesus é o dono do lugar", além do nome do local onde a droga foi produzida e a sigla TCP (Terceiro Comando Puro), uma das maiores organizações criminosas do país.


A "skunk" é uma maconha manipulada geneticamente usando vários tipos de planta do mesmo gênero da cannabis sativa, de onde vem a maconha comum. Nela, o nível do produto ativo THC, responsável pelas sensações e pelo vício na droga, é sete vezes maior.



Espaço do Administrador - Os Axiomas de Zurique


O assunto do livro como o autor fala é apostar para ganhar. Foram criadas num clube de Suíços que operavam em mercadorias e ações, “regras” que eram utilizadas para se assumirem riscos os chamados “Axiomas de Zurique”, tratando de riscos e de como administrá-los. Os Axiomas são subdivido em 12 grandes axiomas e 16 axiomas menores.

Como o autor diz, não existe fórmula, mas seguindo esses passos você é capaz de ficar rico.

O 1º GRANDE AXIOMA: DO RISCO - Preocupação não é doença, mas sinal de saúde. Se você não está preocupado, não está arriscando o bastante.

É relatado o exemplo de duas jovens Mary (a louca) e Silvia (a sóbria) que possuíam diferentes visões. Silvia, buscava um investimento que lhe trouxesse segurança e algum rendimento, por isso, a sóbria. Já Mary aceitava correr alguns riscos, para que seu capital crescesse significativamente.

Silvia investiu seu dinheiro onde tivesse uma remuneração financeira segura, como na poupança, e Mary investiu em ações. No começo, Mary até perdeu parte do seu dinheiro, enquanto Silvia mantinha seu capital intacto, até com algum pequeno rendimento. Com o passar dos anos, Silvia não ficou rica, e corre o risco de não ter dinheiro para ter uma velhice confortável, já Mary com suas ações, acabou enriquecendo. Correr alguns riscos valeu a pena, além do que correr riscos não traz a sensação de estar vivendo no tédio.

O 1º AXIOMA MENOR - Só aposte o que valer a pena. Não adianta querer apostar valores pequenos com a esperança de ficar rico. É claro que não se deve apostar tudo a ponto de ficar falido, mas sim a níveis que valham a pena.

O 2º AXIOMA MENOR - Resista à tentação das diversificações. Diversificar os investimentos, significa reduzir os riscos e com eles a chance de ficar rico. Como é citado, “Ponha os seus ovos no mesmo cesto, e tome conta do cesto.”

O 2º GRANDE AXIOMA: DA GANÂNCIA - Realize sempre o lucro cedo demais.

É feito um comparativo, com jogadores de cassinos, que deixam que a ganância os conduza, não sabendo a hora de parar. Esse axioma diz que a ganância faz com que você sempre queira mais, e não se satisfaça com o que ganhou, é preciso saber a hora de sair do “jogo”. Com certeza você vai se arrepender por sair cedo demais alguma vez, e isso vai lhe doer muito, mas é melhor sair cedo demais, do que tarde demais e perdendo dinheiro.

O 3º AXIOMA MENOR - Entre no negócio sabendo quanto quer ganhar; quando chegar lá caia fora. É aconselhável que antes de se entrar num negócio, definir quanto se quer ganhar, o quanto é um bom lucro, e quando atingi-lo sair fora dele, a não ser que se tenha uma boa justificativa, para se acreditar que deve esperar mais um pouco.

O 3º GRANDE AXIOMA: DA ESPERANÇA - Quando o barco começar afundar não reze. Abandone-o.

Este axioma, fala de como escapar quando o negócio vai mal, e isso vai acontecer, mais cedo ou mais tarde, cerca de metade de seus investimentos vão dar errado, por isso é preciso saber perder. Estipule margens de perda entre 10% e 15% ou até 20%. Se começar a perder, não tenha dúvida, abandone o barco. Não crie falsas esperanças que as coisas vão melhorar, você pode perder mais ainda, parta para um novo investimento.

O 4º AXIOMA MENOR - Aceite as pequenas perdas com um sorriso, como fatos da vida. Conte incorrer em várias, enquanto espera um grande ganho.  Claro que aceitar uma perda com um sorriso, é um pouco demais, mas se uma operação não deu de funcionar, caia fora e parta para outra. Tente encarar as pequenas perdas, como custo das especulações.

O 4º GRANDE AXIOMA: DAS PREVISSÕES - O comportamento do ser humano não é previsível. Desconfio de quem afirmar que conhece uma nesga que seja do futuro.

Não de atenção a previsões sobre o futuro e a falsos profetas, ninguém consegue prever o futuro. Nem mesmo os famosos economistas conseguem prever o que vai acontecer. Faça projeto em curto espaço de tempo, se baseando em tendências de mercado e aí sim talvez por um pouco de sorte obtenha alguns ganhos sem dar atenção às previsões dos profetas.

O 5º GRANDE AXIOMA: DOS PADRÕES - Até começar a parecer ordem, o caos não é perigoso.

O mundo do dinheiro é um mundo desordenado, sem nenhum padrão de comportamento, um absoluto caos, e quem achar que achou uma ordem, está enganado, e isso se torna perigoso. Não existe fórmula para isso.

O 5º AXIOMA MENOR - Cuidado com a armadilha do historiador. A história as vezes se repete, mas não de forma confiável a ponto de você apostar prudentemente o seu dinheiro, é preciso cuidado para não cair nessa armadilha.

O 6º AXIOMA MENOR - Cuidado com a ilusão do grafista. A ilusão grafista, frequentemente, é uma extensão gráfica da armadilha do historiador, onde, ele pressupõe que se certos aspectos se repetirem logo acontecerá uma alta, ou uma baixa, conforme aconteceu no passado. Sendo imprudente apostar nessa escolha.

O 7º AXIOMA MENOR - Cuidado com a ilusão de correlação e a ilusão de causalidade. Deve-se tomar cuidado, com esses aspectos, pois é da mente humana, criar correlações e ilusões de casualidade onde não existem, é citado um exemplo de duas ações e seus comportamentos, uma espécie de efeito gangorra, que “sempre” acontece, só que esse sempre, é apenas ilusão.

O 8º AXIOMA MENOR - Cuidado com a falácia do jogador. É uma ilusão onde as pessoas acham que estão no seu dia de sorte, e que tudo vai dar certo, exemplos de cassinos são relatados, ilustrando de como essa ilusão pode fazer com que se perca dinheiro. O jogador aposta demais, e acaba abusando da sua própria sorte.

O 6º GRANDE AXIOMA: DA MOBILIDADE - Evite lançar raízes. Tolhem seus movimentos.

É dividido nos dois axiomas menores abaixo.

O 9º AXIOMA MENOR - Numa operação que não deu certo, não se deixe apanhar por sentimentos; como lealdade ou saudade. É ilustrado um exemplo de um casal que deixa de vender sua casa por uma boa quantia por causa de suas raízes, e por fim veem que não valeu a pena. Se seu objetivo é ganhar dinheiro, é um erro deixar se prender demais as coisas materiais nas quais o seu capital esteja investido, sob pena de perder muito dinheiro.

O 10º AXIOMA MENOR - Jamais hesite em sair de um negócio se algo mais atraente aparecer à sua frente. Tendo lançado raízes, a sua eficiência como especulador diminui demais. Não se deve apegar às coisas, pois se apegar às coisas prejudica a sua mobilidade, não insista apenas em um único negócio, por exemplo nas ações da empresa X, não fique amarrado a ela, se surgir outro negócio esqueça-a e vá em busca do melhor resultado.

O 7º GRANDE AXIOMA: DA INTUIÇÃO - Só se pode confiar num palpite que possa ser explicado.

Como especulador, é provável que você tenha palpites com frequência, e você pode usá-los se for capaz. Um palpite errado pode ser muito perigoso, por isso é importante testar seu palpite, se você tem conhecimento sobre o assunto, se você sabe o bastante a respeito, etc.

O 11º AXIOMA MENOR - Jamais confunda palpite com esperança. É possível que se alguma coisa que você quer muito, acabe se tornando num palpite, é necessário, manter os pés no chão para não confundir com esperança, por isso é importante tomar muito cuidado.

O 8º GRANDE AXIOMA: DA RELIGIÃO E DO OCULTISMO - É improvável que entre os desígnio de Deus para o Universo se inclua o de fazer você ficar rico.

Apoiar-se no sobrenatural, é como se apoiar em ilusões de ordem, se depende de Deus, ou de qualquer força ou entidade para alcançar a fortuna, há grandes chances de que um dia você baixe a guarda e perca tudo, é o que diz esse axioma.

O 12º AXIOMA MENOR - Se astrologia funcionasse, todos os astrólogos seriam ricos.

É citado o exemplo de algumas pessoas que se julgam gurus, mas que na verdade, não passa de conversa. É preciso coerência para não acreditar nesses falsos adivinhos.

O 13º AXIOMA MENOR - Não é necessário exorcizar uma superstição. Podemos curti-la, desde que ela conheça o seu lugar.

Você não precisa exorcizar sua superstição, mas pode sim utilizá-la para outros fins, como jogos em que a somente a sorte é o que conta, como exemplo citado, o jogo do bicho, mas não invista dinheiro baseado em superstições.

O 9º GRANDE AXIOMA: DO OTIMISMO E DO PESSIMISMO – Otimismo significa esperar o melhor, mas confiança significa saber como se lidará com o pior. Jamais faça uma jogada por otimismo apenas.

Deve-se tomar muito cuidado com o otimismo, pois ele pode ser perigoso. Quando existe dinheiro envolvido, o que é necessário é confiança, que nasce do uso construtivo do pessimismo. Jamais faça uma jogada por otimismo apenas, em vez disso vá atrás da confiança, confiança que não vem de esperar o melhor e sim de como lidar com o pior. Antes de entrar num negócio, pense como sairá dele se der errado.

O 10º GRANDE AXIOMA: DO CONSENSO – Fuja da opinião da maioria, provavelmente está errada.

Nesse axioma o autor fala que nem sempre a maioria é que se tem a razão, e ainda, que é mais fácil do que poucos estiverem certos do que muitos. Não deixe se influenciar, raciocine por você mesmo, questione e examine, não acredite, ou melhor questione velhos conceitos e ditados.

O 14º AXIOMA MENOR - Jamais embarque nas especulações da moda com frequência, a melhor hora de se comprar alguma coisa é quando ninguém quer.

Como é dito acima, a melhor hora de comprar é quando todos querem vender, pois o preço é muito inferior, e o contrário também deve ser praticado, quando todos querem comprar, venda e realize o seu lucro.

O 11º GRANDE AXIOMA: DA TEIMOSIA - Se não deu certo da primeira vez esqueça.

No mundo das especulações, a persistência, pode ser de grande influência negativa. Não fique estagnado em um tipo de negócio ou a uma empresa, vá atrasar do que dê mais lucro. Se não atingiu seu objetivo, caia fora é vá para outro negócio.

O 15º AXIOMA MENOR - Jamais tente salvar um mau investimento fazendo "preço médio"

A técnica conhecida como “preço médio” é uma das mais tentadoras armadilhas do mundo dos investimentos. Funciona da seguinte forma, se você comprou uma ação por 100,00 e ela baixou para 50,00. Compre outra agora pagando 50,00 ou seja 150,00 dividido por 2 fica 75,00 (preço médio). Isso não diminui a sua perda, mas sim cria uma ilusão aparente, o que pode causar maior perda ainda.

O 12º GRANDE AXIOMA: DO PLANEJAMENTO - Planejamento a longo prazo geram perigos e crença de que o futuro está sob controle. É importante jamais levar muito a sério os seus planos a longo prazo, nem os de quem quer que seja.

Ao contrário do que muitos dizem, este axioma diz que o planejamento a longo prazo, é sim o maior risco a correr, pois ninguém pode planejar alguma coisa a longo prazo se não sabe o que vai acontecer no futuro. Como se pode planejar alguma coisa? Isso pode gerar uma crença que o futuro está sob controle, e isso não é verdade.

O 16º AXIOMA MENOR - Fuja de investimentos a longo prazo.

Apostar no amanhã é um risco, apostar a vinte ou trinta anos é loucura total, e assim que se pode resumir o que o investimento em longo prazo consiste. Com isso você também perde mobilidade, cria raízes, e deixa de aproveitar as oportunidades que surgem.

Fonte: Cola da Web


Ronald McDonald de roupa nova

A última renovação do guarda-roupa do palhaço ocorreu há quase dez anos, em 2005




O personagem Ronald McDonald's, um dos principais símbolos da empresa de fast-food McDonald’s, ganhará uma nova indumentária a partir do encontro anual de franquias da rede, que acontecerá na próxima segunda-feira (28), em Orlando.

A troca das vestimentas foi realizada para gerar uma presença maior nos canais de mídia social da empresa, como a nova campanha “Diversão faz grandes coisas acontecerem”, a qual será lançada em breve pela companhia norte-americana.

O visual foi criado pela designer teatral e vencedora do prêmio Tony, Ann Hould-Ward. Ann já foi responsável por desenvolver figurinos para produções da Broadway, incluindo “A Bela e a Fera” e “Into the Woods”, dois grandes sucessos de público e crítica.

“Nós trabalhamos nas roupas do Ronald por cerca de dois anos”, disse David Zlotnik, diretor de marketing global do McDonald’s. A última renovação do guarda-roupa do palhaço ocorreu há quase dez anos, em 2005.