quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O papel do RH nas fusões de empresas

A comunicação bem conduzida em processos como este é o ponto fundamental para evitar perdas e potencializar resultados, tanto em termos de transição como em termos de resultados de negócio




O RH vem se mostrando cada vez mais decisório nas empresas e em processos de M&A (Merger&Acquisition). Uma maneira pela qual as empresas crescem é fazendo aquisições e isso demanda um forte olhar para as pessoas. Algumas preocupações quando há um processo de aquisição ou fusão:

1. Manter a cultura do grupo (empresa que comprou) respeitando a empresa comprada, ou seja, fazendo a gestão da mudança.

2. Identificar quem são as pessoas chave para se reter e pessoas que possam contribuir em outras posições do grupo.

3. Acompanhar e contribuir significativamente para a definição de estrutura ponderando qualidade e custo, fazendo com que se reflita os ganhos de sinergia necessários em processos de fusão.

Ao RH, cabem algumas atividades tais como, entender a estrutura atual da empresa comprada, entender o que fazem as pessoas, realizar entrevistas com as pessoas para mapear competências, pensar em uma nova estrutura, em conjunto com o financeiro, ponderando custos, definir com a alta gestão quem são as pessoas certas para cada posição, preocupando-se em reforçar a identidade de grupo, manter o respeito à cultura antiga (a transição deve ser feita de forma madura e cadenciada), além da construção de um novo grupo, agora com uma empresa a mais.

A comunicação bem conduzida em processos como este é o ponto fundamental para evitar perdas e potencializar resultados, tanto em termos de transição como em termos de resultados de negócio. Se a comunicação é mal conduzida,a insegurança acontece e a produtividade cai. Para manter a produtividade, as pessoas precisam ter um horizonte, ter perspectivas.

Conheço e já participei de alguns casos de fusão, um grande em uma das gigantes multinacionais de bens de consumo. Lembro-me que cheguei à uma fábrica e junto com o gerente de operações, tínhamos de avaliar as pessoas, entender o que faziam, seus conhecimentos, habilidades e atitudes e decidir quem ficaria onde e quem seria desligado. Para os que saíram na reestruturação da estrutura conseguimos contribuições importantes. Havia, por exemplo, um rapaz que utilizava uma prótese de perna que precisava ser trocada. Conseguimos ajudá-lo por meio de um departamento de responsabilidade social. Um outro tinha o sonho de abrir uma escola de informática e como sabíamos que o parque de máquinas (computadores) não seria aproveitado, pois o grupo utilizava como padrão máquinas melhores, conseguimos uma doação de parte dos computadores para a sua nova escola.

São pequenos gestos, mas que fazem muita diferença para quem está em um momento de transição e, além disso, podem fazer diferença significativa para a imagem da empresa, tanto a que foi comprada como e principalmente para a que comprou!

Se você já passou ou ainda irá passar por processos de aquisição e/ou fusão, siga confiante e boa sorte!



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